Quando você namora 'chove na sua horta'? isso tem explicação
- Estar bem em um relacionamento faz bem para a autoestima, e isso desperta o interesse alheio
Parece um típico fundamento da Lei de Murphy: pessoas sozinhas, independentemente do sexo ou da faixa etária, passam um tempão buscando um amor. Só que quanto mais desejam um cobertor de orelha, mais difícil parece conseguir um. Mas basta encontrarem alguém, no entanto, para surgirem pretendentes de todos os cantos.
Num irônico exercício de inversão de expectativas, tem início a temporada popularmente conhecida por "chover na horta", que parece uma espécie de pegadinha do destino, mas, segundo especialistas em comportamento humano, tem tudo a ver com autoestima.
Num irônico exercício de inversão de expectativas, tem início a temporada popularmente conhecida por "chover na horta", que parece uma espécie de pegadinha do destino, mas, segundo especialistas em comportamento humano, tem tudo a ver com autoestima.
Segundo a psiquiatra e psicanalista Helena Masseo de Castro, o que ocorre é que muita gente, enquanto está solteira, costuma se sentir mal porque ninguém as "escolhe". E aí começam a questionar os próprios atrativos.
"A tristeza em decorrência disso as deixa ainda mais desanimadas. Parece que perdem a graça, principalmente aquelas que não acreditam muito em si mesmas nem têm consciência do próprio valor", conta Helena.
A patrulha alheia também contribui para a autodepreciação. Em alguns casos, há uma cobrança muito grande para se relacionarem. E ela vem de todos os lados: da família, dos amigos (em especial, os comprometidos), dos colegas de trabalho. "A sensação de se sentir sobrando é incômoda e piora a autoestima e a autoimagem", fala a neuropsicanalista Priscila Gasparini Fernandes.
Ao se comparar com quem está por aí andando de mãos dadas, a pessoa se vê excluída, à parte. E baixo-astral, obviamente, não torna ninguém mais atraente. Mas há um detalhe importante: Isso acontece com maior frequência entre pessoas que dão muito valor à opinião alheia.
"A tristeza em decorrência disso as deixa ainda mais desanimadas. Parece que perdem a graça, principalmente aquelas que não acreditam muito em si mesmas nem têm consciência do próprio valor", conta Helena.
A patrulha alheia também contribui para a autodepreciação. Em alguns casos, há uma cobrança muito grande para se relacionarem. E ela vem de todos os lados: da família, dos amigos (em especial, os comprometidos), dos colegas de trabalho. "A sensação de se sentir sobrando é incômoda e piora a autoestima e a autoimagem", fala a neuropsicanalista Priscila Gasparini Fernandes.
Ao se comparar com quem está por aí andando de mãos dadas, a pessoa se vê excluída, à parte. E baixo-astral, obviamente, não torna ninguém mais atraente. Mas há um detalhe importante: Isso acontece com maior frequência entre pessoas que dão muito valor à opinião alheia.
Quando a pessoa começa a namorar, porém, o fato de se tornar objeto do interesse e do investimento amoroso de alguém a ajuda a ver o que tem de bom e, o que é melhor ainda, a gostar do que está vendo. "Daí surge uma alegria e um contentamento em ser o que é. É possível, então, se sentir mais interessante. Ela transmite isso e os outros querem experimentar. Parece que o par a 'autoriza' a gostar mais de si mesma, e isso é um atrativo por si só", diz Helena.
Para a psicóloga e terapeuta de família Renata Lucas, homens e mulheres quando assumem um compromisso acabam se tornando mesmo mais interessantes porque passam a impressão de acreditar no próprio taco –e isso pode parecer muito sexy.
Para a psicóloga e terapeuta de família Renata Lucas, homens e mulheres quando assumem um compromisso acabam se tornando mesmo mais interessantes porque passam a impressão de acreditar no próprio taco –e isso pode parecer muito sexy.
"As pessoas se tornam mais confiantes e se sentem desejadas, principalmente aos olhos de uma sociedade que nos cobra que estejamos bem resolvidos em todos os campos da vida: profissional, familiar, sentimental etc", diz Renata. "Alguém que tem um relacionamento estável pode passar a ser visto como bem resolvido, que tem algo a oferecer". E isso desperta o interesse alheio.
"Outro ponto a considerar: essas pessoas começam a olhar o mundo de forma diferente, com mais interesse e abertura para novos relacionamentos, mesmo que não se deem conta disso", declara Aurélio Melo, professor em psicologia do desenvolvimento humano na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo.
"Outro ponto a considerar: essas pessoas começam a olhar o mundo de forma diferente, com mais interesse e abertura para novos relacionamentos, mesmo que não se deem conta disso", declara Aurélio Melo, professor em psicologia do desenvolvimento humano na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo.
Quando começam a namorar, as pessoas, em geral, costumam mostrar o melhor de si. Ficam mais gentis, atenciosos, alegres, dispostos, carinhosos. "Os defeitos só vão aparecendo com o tempo. Então, não é coincidência que justo nessa fase inicial de relacionamento passem a se tornar mais cobiçadas", fala Marjorie Vicente, psicóloga especializada em imagem.
Rivalidade
Outra justificativa habitual para a mudança do status de relacionamento virar um chamariz para novos (ou antigos) pretendentes é o fato de que ela instiga o senso de competição nos rivais. "Muitos se aproximam porque já cultivavam um interesse, porém, não tinham pressa, pois havia disponibilidade. Quando nota a possibilidade da perda, o ser humano se depara com limites e vai em busca de seu objetivo. E a competição para ver quem ganha é altamente estimulante", diz Priscila Fernandes.
Na opinião de Marjorie Vicente, ser amado é uma excelente tática de marketing pessoal. "Afinal, se a outra pessoa gostou, algum motivo tem".
Matéria da http://mulher.uol.com.br
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